domingo, 15 de fevereiro de 2009

Sete ondinhas.

Todos dizem que o mundo muda de tempos em tempos, que a cada começo de ano as esperanças se renovam, que a vida tem sempre novas chances de novos começos melhores. Não é que eu discorde do otimismo geral e nem que ache graça em praguejar as esperanças alheias, não. Mas acontece que eu aprendi de tanto ver - em mim e nos outros - que as manias ruins e as tristezas remanescentes não vão embora só com uma volta completa em torno do sol. Sabe, às vezes leva anos pra gente descobrir que aquilo que nos fez chorar todas as noites por quatro, cinco anos seguidos, não valia mesmo nem sequer uma lágrima de crocodilo.A verdade é que perder a esperança é perder tudo, mas esperança com vício antigo não resolve nada.