segunda-feira, 7 de abril de 2008

"Há muita coisa que o tempo não pode apagar"

Meu coração bate tão forte que ameaça sair mundo afora e gritar tudo o que eu não tento dizer. Querer tanto e tão fundo. Ah, no fundo de mim, existem coisas inacreditáveis. Meus sentimentos às vezes são tão viscerais que eu pareço um bicho. Mas somos animais, não? Eu tenho instintos? Eu acredito em instinto, eu acho. Acredito em alguma coisa tão dentro de mim que me empurra. Não sei a diferença, de fato. Mas no meu porão, a Cinderela que mora aqui dentro, também, não tem acesso. E a fera surge, devora a Cinderela, devora meu incosciente e seus recônditos, devora meus medos. Nessa auto-digestão, o chão some e o mundo muda suas cores. Eu? Eu sou só um bicho movido por cheiros, por toques, por olhares. Que bom... Que bom que um olhar consegue mudar assim meu metabolismo e meu estado de cosnciência... Que loucura que o som de uma respiração pode fazer. Eu estou girando... Minha órbita mudou. A gravidade é realativa. É, meu querido, onde você está me levando...