Dois.
Eu acho que a rotina consome tanto que a gente esquece de todas as coisas perfeitas que existem na sua cabeça e na minha e que, juntas, viram essa melodia fácil e essa história linda. E hoje eu não vou escrever um texto difícil ou falar por metáforas, afinal de contas, o meu amor por você é tão óbvio.
Vazio.
E quando no peito se abre um buraco que não é nada além de silêncio? Não é falta de amor porque isso, do seu jeito, você dá. Não é falta de explicações porque as palavras vêm aos montes, mesmo quando elas deviam se calar. E não, não é falta de guerra, de revolta, de rebelião porque tudo isso não passa de vaidade e essa eu já perdi faz tempo.E quando no peito fica o buraco sem saída, sem preenchimento, sem vontade? O que acontece quando de tudo se tem, de tudo se faz, de tudo se fala mas de mais nada se sente?E por mais que eu tente ignorar é impossível. O buraco que me falta é a paz que aqui parece nunca chegar.
Cantiga para sorrir.
Porque olhando ao espelho ela sabia: "de tristeza não se morre, não se morre de tristeza.", e repetia. Mas havia um fragmento, um sinal, um alarme naquela risada que faltava. De tristeza não sem morre, ela sabia. Mas se envelhece.
No escuro.
Nada do que eu diga explica, porque o que acontece é por dentro, onde as palavras são maiores e eu consigo ir além dos horizontes, pra entender as sensações. Parece droga, mas é só euforia. É ábraço, é beijo, é vida. Nada do que eu diga explica o que existe quando eu fecho os olhos e só quem eu quero fica.