quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Quando Nietzche sorriu.

Ontem os meus ombros foram brincar. Se mexiam de cima pra baixo enquanto a risada preenchia o meu peito. Minhas pernas pareciam não mais morar em mim. Corriam de lá pra cá e dançavam à qualquer música, pulavam. Minhas mãos se abriam pra tudo, envolviam todas as faces, queriam conhecer. E os meus olhos choravam rios inteiros, e desaguávam no meio do salão, sem vergonha, sem hora, sem perdão. Ontem, meu destino veio me chamar. E meu sorriso entendeu que não necessitava, então, mais infelicidade, que era hora de sorrir bonito, como jamais nenhum olho pôde ver. Tão louco que até, sem eu dizer uma palavra, minha boca cantava uma canção. E aquela sim, era a da alegria.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O ditado das mulheres.

Sabe aquela música da Marisa que a Cássia canta, falando das palavras pequenas? Ontem enquanto eu ouvia a música eu entendi porque por mais que eu te explique o que se passa, do que se trata e o que é essa aflição que eu sinto por não saber do fim, não entender o começo e não aceitar o meio, você simplesmente não entende nunca.

Como as de Cássia e de Marisa, as minhas eram também palavras, apenas.