quarta-feira, 28 de abril de 2010

Eu tenho pena de você.

Tudo na vida é jeito, sabe? E eu sei que você perdeu alguns dos seus pelo tanto de vezes que a vida fez tudo ser tão difícil pra você. Acontece que algumas pessoas servem somente mesmo pra machucar a gente, e nada nunca volta atrás. O que passou pela gente fica parado no tempo, mas marca pra sempre. Eu aceitei o fato de que algumas coisas simplesmente não são certas pra gente e que ninguém morre por isso, e você deveria também. Se ele não gostou de você, não tem pressa, mas faça o caminho inverso e explique pro seu coração que há de haver alguém que goste, nem que seja você mesma. Como eu te disse outro dia: amor próprio não se vende em loja.

domingo, 25 de abril de 2010

Consciência Suja.

A linha de discernimento de certo e de errado é clara quando olhada de fora, pra dizer não pode ao que é alheio, pra julgar as dores que não é o seu coração que sente. Mas quando dói na gente e aquela sensação de sujeira que água nenhuma tira acontece por aqui, é tão difícil enxergar porque é que erramos tanto pra depois nos sentirmos assim. Sujos. Todo mundo é gente. Gente que sofre, que sangra e que magoa. Mas eu aconselho deixar a mágoa derramar, ir embora, esquecer. Ir pra mais longe possível e, de preferência, rápido. Porque senão a vida não anda.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Coração.

O difícil do coração é que ele não escolhe o que vai ser prioridade, e se preocupa mesmo sabendo que em muitos casos não tem jeito. Coração sofre e dói mesmo, porque pensamos sempre em amor antes de tudo, em primeiro lugar. Tem gente que chama o coração de burro, mas eu não acho que seja isso. A verdade, pra mim, é que gostar é tão amplo, e consome tanto da gente, que as energias vão embora mesmo quando alguma coisa dá errado. Tanta coisa no mundo pode dar errado. No final, só o coração leva a culpa, mas a culpa não é dele.

domingo, 18 de abril de 2010

Medo.

Eu tive que tirar os meus medos de dentro de mim porque não é justo ninguém morrer afogado nos seus próprios medos. Às vezes eu acho que reclamo à toa, que a minha vida não tem assim tantos problemas. Ontem eu assisti Million Dollar Baby de novo, e de novo eu chorei com ela, eu morri com ela ali naquela cama. Porque eu me sinto tão parecido, parece que meu medo me paralisa do pescoço pra baixo e é tão difícil andar daqui pra onde esteja melhor. Respirar melhor. Mas aí eu me sinto estúpida de reclamar de paralisia mesmo podendo andar, podendo correr, podendo sim sair de onde quer que eu esteja pra procurar onde quer que seja que me faça sentir mais viva. Eu sou estúpida sim. E apesar da minha grande idiotice, a minha vida está longe de acabar.

sábado, 17 de abril de 2010

Conclusão.

Às vezes a gente muda tanto ao longo do tempo que quando encontramos um espelho pendurado no meio do nosso caminho olhamos e, opa!, quase que não sabemos quem é que está ali olhando de volta pra nossa cara de tacho. Você me fez diferente, roubou minhas vontades e minha disciplina eterna comigo mesma que me fazia tão amante das minhas escolhas. Você roubou alguns dos meus sorrisos e guardou no seu bolso, só você queria sorrí-los. Você fez muita sacanagem com aquela minha segurança que não bambeava, mas hoje vive com um pé atrás do outro na corda. Só que no final das contas, a culpa não é exatamente sua. Ninguém faz nada pra outra pessoa sem que a primeira deixe. Eu devia deixar você.